Em cartaz no Centro Cultural da Justça Federal, a
exposição Orisá - Quando o Mito Veste o Corpo, com fotografias inéditas dos renomadas Daryan Dornelles
e Stefano Martini, representando os principais deuses da mitologia
yorubá. O projeto, finalista da Incubadora Cultural Petrobras e do
Edital de Ocupação do CCJF, aborda, de forma poética e original, o
universo mítico dos deuses africanos difundidos no Brasil por meio de
terreiros e casas de santo.
Outro desafio foi o de criar uma atmosfera que trouxesse a natureza
ao studio. Para tal, pedras, areia de mar, barro e até partes de árvores
foram transportadas para compor a relação do orixá ao seu habitat. O
projeto contou também com voluntários de peso como é o caso de Zezé
Motta, Gilberto Gil, Vidal Assis e João Donato.
A partir da pesquisa, bibliográfica e em visita ao Ilé Àse Ògún
Àlákòró, Margot desenvolveu, de forma contemporânea e bastante
inovadora, vinte “Orixás”, um convite para irmos além das narrativas
visuais, aprofundar e conhecer um pouco mais de uma das culturas
basilares do povo brasileiro. Mais do que um olhar sobre a essência dos
mitos africanos cultuados no candomblé, a exposição possibilita uma
oportunidade para refletir sobre a imensa cultura africana, detentora de
uma rica mitologia, que é cotidianamente sufocada e oprimida por
tradições eurocêntrica. Não é à-toa que haverá, no decorrer da
exposição, visita mediada, bate papos e oficinas para escolas e grupo a
ser agendado no Educativo do CCJF.
Stefano Martini e Daryan Dornelles conseguem capturar instantes de
força avassaladora, reproduzir sem afastar, revelar sem dizer. Òrìsá
(Orixá) é uma exposição que reúne narrativas antigas, daquelas que
sobrevivem às gerações, transpassam o tempo e se mantém,
misteriosamente, originais e latentes.
A exposição pretende provocar um diálogo entre o primitivo e o
contemporâneo e também provocar uma leitura sobre a cultura
afrobrasileira, arte, antropologia e psicologia. Aspectos da
ancestralidade e da religiosidade africanas muitas vezes aparecem
aliados a questões como identidade, representação e condições
socioculturais. A mostra também pretende apresentar valores ligados à
tradição, aos bens da terra e às riquezas populares investigando o modo
como a afrobrasilidade se manifesta na arte e na religião,
possibilitando releituras e olhares sobre um tema tão amplamente
difundido e, ao mesmo tempo, desconhecido.
O público poderá conferir as fotos inéditas a partir do dia 16 de
setembro, no CCJF (Centro Cultural da Justiça Federal) expostas até o
dia 5 de novembro
Ficha Técnica
Idealização e Conceito: Margo MargotFotografias: Daryan Dornelles e Stefano Martini
Curadoria: Claudio Partes
Participação Especial: Gilberto Gil, João Donato, Zezé Motta
Consultoria: Ilé Àse Ògún Àlákòró
Supervisão Técnica: Pai Paulo José d'Ògún (Ògún Ònilewánjó)
Tratamento de Imagens: Daryan Dornelles e Stefano Martini
Direção de Produção e Proj. Educativo: Elissandro Souza de Aquino
Produção: Débora Santana, Fabia Rossignoli
Projeto editorial e diagramação: Paulo Ramos
Montagem e iluminação: Américo Junior
Trilha Sonora e Arranjo: Carlos Negreiros e Pedro Lima
Percussão: Omar Jimenez. Luiz Canjerê e Isaque Miguel
Assessoria de Imprensa: Vinicius Belo
Mídias: Patrícia Dantas
Realização: Viramundo
Agradecemos a todos que se dedicaram e colaboraram para o sucesso desse maravilhoso evento.
ResponderExcluirParabéns aos envolvidos em tão lindo projeto.Não pode ser coincidência que neste momento em que muitos olhos estão voltados para as religiões de matrizes africanas,surja um projeto mostrando a verdadeira face dos seus orisa.É de fato um encanto de exposição.
ResponderExcluirParabéns à familia Ogun Alakoro pir mais essa vitória.
ResponderExcluirLinda exposição,em meio à tantas notícias negativas e desrespeito ao sagrado essa mostra surge como um bálsamo mostrando o encanto e à beleza de uma religião que os preconceituosos insistem em atacar.Simplesmente impecável!!
ResponderExcluirEmocionante a sensibilidade da artista em absorver e retratar a essência dos orisa.
ResponderExcluirUma expociçao espetacular, pois mostra a beleza dos Orisas a partir de uma otica criativa e sensivel. Vale a pena conferir esse belissimo trabalho.
ResponderExcluirCorrigindo a palavra exposição.
ResponderExcluirParabéns a todos pela bela apresentação.
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